A chuva vai passar. O tempo, a vida, os homens, a dor e a fome.
A vontade de qualquer coisa vai passar. Todo mundo que vier, todo mundo que me fizer chorar, ou não fizer nada. Não adianta dizer que não. O infinito vai passar, eu prometo. É assim, e não há deus que negue.
O que não passa (e contra isso não há remédio) é a solidão. O peito, ele é solitário; pode enchê-lo de mesquinharias, de segredos, de saudades, de pessoas, ele é só ele.
E quando tudo der errado, e se tudo der certo e se nada acontecer além das coisas, o peito é sozinho lá dentro.
E isso não vai passar.
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