terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sobre o alívio e aquele livro.

Tem vezes que pensar em você me traz certo alívio. Mesmo que a gente nunca mais tenha se visto, mesmo que faça muito tempo, mesmo que mesmo. Eu gosto de pensar que eu já fui sua inspiração para qualquer coisa que você nunca fez. Aquele livro que você me deu...eu não entendi nada. Você me deu esperando que pudéssemos discutir alguma coisa, mas eu não pude, ele não me convenceu. Eu esqueci de te falar isso!
E sobre o alívio, eu não sei explicar. Você rompeu alguma coisa na minha cabeça e acho que não vou esquecer nem em um milhão de anos. Não é como levar um vestido para o tintureiro. Não existe tintureiro para esse tipo de mancha, você sabe.

Dentro de mim.

Mas e quando eu não quero ser eu? Em certas vezes tenho vergonha - eu poderia ter sido outra coisa.
Tem vezes e mais outras vezes que eu estou sendo enganada por mim.
E como saber quem sou eu se eu estou desgastada, eu estou reprimida, eu não estou eu?
Me ajuda, me tira de mim, que eu estou quase me engolindo!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

E então, ele me disse...

Eu perdi muitas horas da minha vida lendo os seus escritos, ele disse. Eu suspirei e fiquei um pouco aliviada. Um alívio de quem não perdeu tempo escrevendo cartas de amor ao infinito.

Ato falho

(...) fim de dezembro, quando você fazia parte da minha vida.

.

Você me perdoa por estar conseguindo disfarçar a saudade tão bem, por estar quase enganando a mim mesma, por estar chegando a algum lugar nenhum?

o foco da fuga.

Estive sempre fugindo
mas eu perdi um pouco o foco da fuga
continuo fugindo
mas acho que fujo de ontem
de outros dias
de coisas que não são mais
Não fujo mais daquelas coisas
são outras as fugas
são fugas de brincadeira
são fugas pra ficar.

Não mais, não tanto.

Eu fico pensando como eu era antes de te conhecer. Não sei bem, mas eu era um pouco mais distraída. Não sabia a diferença, a real diferença, entre o verde e o azul. Agora que eu sei, gasto horas do meu dia reparando no que é verde e no que é azul. Eu gostava de achar que era tudo mais ou menos igual. Eu gostava de misturar tudo, de me confundir. Mas não. Agora que o azul é azul, não tem mais volta. Eu aprendi, não dá mais para confundir. Tinha algo de pueril, de quem acha tudo bonito. Não mais, não tanto